terça-feira, 15 de setembro de 2009

Relacionamento Familiar: Ainda há esperança!

Depois de um longo dia de trabalho, é comum chegar em casa a procura de descanso e entretenimento, longe de barulho de criança e diálogo com o cônjuge. É assim a rotina de muitas famílias brasileiras que encontram no trabalho a satisfação de seus desejos pessoais esquecendo-se do mais importante, a família.
Muitos chegam em casa exaustos, sentam-se de frente a televisão, ou do computador e lá ficam por horas. A falta de proximidade entre os membros, principalmente com os filhos, pode gerar sentimento de rejeição, baixa estima e mais tarde, dificuldade de se relacionar com outras pessoas.
Hoje o trabalho invade as casas com novos recursos tecnológicos, como a internet e o celular e impede a disponibilidade dos pais de darem a atenção devida aos filhos. Esses por sua vez, precisam de um sistema de suporte que os rodeie e que lhes dê cobertura, e isso é tarefa dos pais, que vivem num mundo de instabilidade, correria e concorrência profissional. A busca constante por uma vida estável e confortável acaba afetando o relacionamento familiar. Pessoas moram no mesmo teto, mas não se relacionam. Enquanto um está chegando o outro está saindo e a comunicação fica só na base do “oi”.
Relacionamentos assim não duram muito. Os dias passam e os sentimentos ficam: a angústia, a insatisfação, a ansiedade e a infidelidade. Certos hábitos e atitudes podem atrair ou afastar uma pessoa da outra. Pensamentos como “Eu trabalho e me esforço para ver meus filhos felizes” ou “Quanto mais eu trabalho mais problema me aparece” definem algumas atitudes para muitos que buscam a solução para as suas dificuldades.
A família é uma instituição criada por Deus para fornecer ao homem e a mulher amor, suprir necessidades físicas e emocionais, acabar com a solidão e ser além de tudo alicerce contra a violência e as pressões do mundo. Mas, contudo a família vem sendo atacada pelo poder de espíritos malignos em seus valores familiares e fundamentos, acarretando por fim a separação entre casais, desavenças entre pais e filhos, desânimo e desinteresse em seguir e cumprir as leis de Deus e do homem.
Uma das necessidades mais relevantes da família é aprender a si comunicar. A comunicação entre os membros é o centro de todo relacionamento familiar. Ela é a chave para o desenvolvimento de uma relação saudável entre cônjuges e filhos. A comunicação é uma via de mão dupla no qual, de um lado está o falar e do outro o ouvir. É preciso ter a sensibilidade para escolher a maneira e o momento correto para dialogar.
É impossível um casal resolver seus conflitos familiares sem dispor a ouvir com interesse, concentração, respeito e principalmente amor. A psicóloga e psicoterapeuta Viviane Lúcia Nogueira, 29 explica que para o homem, comunicação é um exercício racional já para a mulher, um fator emocional, cada um com necessidades e propósitos diferentes. Enfim, é ai que surge o respeito e a compreensão de ouvir cada lado.
“Todo lar passa por conflitos e transtornos, mas existe uma diferença entre aquela que se comunica e a que não” enfatiza a psicóloga. O amor deve ser praticado em casa entre pais, maridos, mulheres, filhos e irmãos. Os pais por sua vez, precisam constantemente demonstrar amor aos filhos. Os filhos pequenos necessitam muito de abraços e beijos. Os adolescentes, de elogios e encorajamento e os jovens, de muita amizade. “Gastar tempo em ouvi-los fará com que eles se sintam importantes para seus pais” relata Viviane.
Para o pastor Cláudio da Silva Gonçalves, 46, o propósito de Deus é que toda família seja encorajada e motivada pela Palavra de Deus e pelo diálogo entre os membros da casa. “Trata-se de um estilo de vida”, enfatiza o pastor que é casado há 21 anos.

Polyana Oliveira (matéria publicada em revista experimental)


Nenhum comentário:

Postar um comentário